O Ethereum Naming Service (ENS) fez um retorno nos últimos anos, desde uma grande atualização em 2019. Em maio de 2022, atingiu um marco significativo de ter um milhão de nomes registrados. Isso reverteu o status da OpenSea como o principal serviço de combustão de gás na rede Ethereum.
Com isso em mente, vamos explorar os equívocos mais comuns sobre o ENS.
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#1. É como um DNS
O Sistema de Nomes de Domínio (DNS) foi inventado em 1983 como uma resposta ao problema de ter que inserir um endereço IP para acessar um site.
Inserir um endereço IP, por exemplo, 127.0.0.1, é um problema porque eles são difíceis de lembrar. O DNS corrigiu isso simplesmente digitando um nome na barra de pesquisa, como CryptoVantage, e isso o levaria ao endereço IP associado.
O Ethereum Name Service não é exatamente o mesmo que um DNS, embora você possa ver as semelhanças. Ao enviar criptomoedas, você precisa inserir um endereço de carteira. Uma entrada errada e sua criptomoeda é perdida para sempre, sem meios de recuperá-la. A única exceção para a recuperação de ativos nas raras ocasiões em que a própria rede blockchain reverte para um estado anterior.
O ENS visa resolver esse problema fazendo para endereços de portfólio o que o DNS fez para endereços de páginas da web. A principal diferença entre os sistemas ENS e DNS é a arquitetura.
A arquitetura ENS é sem fins lucrativos, descentralizada e amigável para a web3. Também é alimentado pela rede Ethereum. Em comparação com o DNS, que é centralizado e propenso a ataques. Os nomes de domínio do ENS são protegidos usando contratos inteligentes.
Existem dois componentes principais para o ENS: o registro e os resolvedores.
O registro é um contrato inteligente que mantém uma lista de todos os domínios e subdomínios e armazena três informações sobre eles. Esses são o proprietário do domínio, o resolvedor de domínio e a recuperação do tempo de expiração dos registros no domínio.
É assim que o registro pode rastrear um nome para o resolvedor responsável.
Os resolvedores traduzem nomes em endereços em duas etapas. A primeira é perguntar ao registro qual resolvedor é responsável por um determinado nome, e a segunda pergunta a esse resolvedor específico a resposta.
#2. ENS existe desde 2017
Isso é tecnicamente verdade, mas não entende toda a história. O sistema ENS descrito acima só existe desde 2019, e esta é a parte realmente impressionante do sistema ENS e contribui significativamente para o seu crescimento como serviço nos últimos anos.
Embora seja verdade que o ENS foi lançado em 2017, ele foi rapidamente tirado do ar devido a duas grandes falhas em seu código. O ENS foi reativado alguns meses depois, em maio do mesmo ano, e as vendas de domínios ENS foram retomadas usando um sistema de leilões Vickery.
De acordo com um estudo realizado por uma equipe de pesquisadores de contratos inteligentes, o sistema de leilões Vickrey foi substituído em 2019 pelo atual sistema de contabilidade mencionado anteriormente. Em maio de 2020, os nomes registrados usando o sistema de leilões Vickrey foram definidos para expirar automaticamente se nenhuma taxa de renovação fosse paga.
Além de abandonar o sistema de leilões Vickery, após a atualização de 2019, os usuários tiveram que pagar uma taxa adicional de US $ 5 por nomes com mais de seis caracteres. Nomes com menos de seis caracteres não incorreram em impostos.
Após a atualização de 2019, marcas mais conhecidas começaram a comprar nomes de registro, como NBA e eBay. A desvantagem dos nomes registrados relacionados a marcas registradas é o fenômeno do agachamento de domínio, uma forma de comportamento de busca de aluguel em que os usuários se sentam em um nome de domínio que uma marca específica desejará e esperam para receber comissões dessa marca entrando no mercado.
#3. O ENS é o único serviço de nome blockchain
Os serviços ENS não são os únicos serviços de nomenclatura de blockchain no bloco. Vários serviços, como Handshake e Namecoin, têm sustentado a concorrência com os serviços DNS tradicionais por uma variedade de razões. Alguns comuns são a natureza centralizada dos serviços DNS atuais, problemas de segurança DNS e problemas de transparência.
De acordo com o
white paper do handshake, a segurança associada ao símbolo de cadeado verde comumente conhecido ao lado de sites seguros só é garantida por um punhado de empresas de DNS centralizadas. Esta é uma importante fraqueza de segurança melhor destacada por algumas estatísticas.
De acordo com um estudo do Conselho de Segurança Internacional da Neustar, 72% das organizações sofreram um ataque de DNS nos últimos doze meses. O Grupo de Análise de Ameaças (TAG) do Google revelou a extensão de um ataque cibernético imposto contra eles em 2017. Este ataque em particular foi de 2,5 terabytes por segundo e veio de 180.000 servidores diferentes, alguns dos quais 180.000 eram servidores DNS.
Isso demonstra claramente o fato de que os sistemas DNS são um alvo particularmente lucrativo para potenciais invasores devido à sua natureza centralizada. Os sistemas DNS da perspectiva do invasor são um único ponto de falha que pode ser facilmente alcançado.
Com isso em mente, o Handshake e outros serviços de nomenclatura blockchain (BNS) buscam resolver alguns dos problemas comumente associados aos sistemas DNS, oferecendo uma alternativa descentralizada. Para o Handshake, isso é alcançado com um único ponto de consenso associado entre nomes e certificados e incentivos criptoeconômicos.
Pensamentos finais: ENS dá-lhe um gostinho dos recursos Web3
Embora o DNS e o ENS (e, por extensão, o BNS) compartilhem uma função, os meios de fornecer essa função diferem muito.
O DNS oferece uma versão
Web2 centralizada do recurso que vem com seu próprio conjunto de prós e contras, enquanto o ENS oferece uma versão Web3 descentralizada do recurso com vários prós e contras também.
O ENS existe desde 2017,
mas somente a partir de 2019 o ENS começou a ganhar adoção e popularidade, a ponto de derrubar o OpenSea como o principal consumidor de gás na rede. Finalmente, o ENS não é o único SNB no bloco. Os sistemas BNS de todos os tipos procuram fornecer uma solução para os problemas que os sistemas DNS enfrentam hoje.
