Uma nova proposta está entrando no debate sobre o equilíbrio entre vida profissional e pessoal: licença igual para ambos os pais, que prevê 5 meses de abstenção do trabalho remunerado a 100%. Essa medida, apoiada por Elly Schlein (PD), visa reduzir as desigualdades de gênero na gestão do trabalho de cuidado familiar e incentivar o emprego feminino, ao mesmo tempo em que aborda a crise do parto
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Neste guia, vemos em detalhes o que a proposta prevê, quais mudanças ela traria e como ela se encaixa no contexto europeu.
O que a Proposta de Licença Igual fornece?
A proposta apresentada por Elly Schlein, reiterada em 15 de março de 2024 na Câmara dos Deputados e em 8 de setembro de 2024 no Fórum The European House — Ambrosetti em Cernobbio, prevê que ambos os pais possam gozar 5 meses de férias pagas a 100%. Atualmente, na Itália, há uma clara lacuna entre a duração da licença para a mãe e o pai, com este último podendo tirar apenas 10 dias de licença obrigatória
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A licença proposta seria intransferível: cada pai deve usar seu período de licença, sem a possibilidade de transferi-lo para o outro. Isso promove uma distribuição equitativa das tarefas familiares e visa apoiar o emprego feminino, reduzindo a disparidade entre os dois pais
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O que é licença parental igual
A
licença parental igual exige que mãe e pai tenham o mesmo período de abstenção do trabalho, com um salário de 100%. A proposta faz parte de uma lógica de igualdade de gênero, buscando eliminar as disparidades que caracterizam o sistema atual. Atualmente, a mãe tem direito a 5 meses de 80% de licença remunerada, enquanto o pai tem apenas 10 dias pagos
a 100%.
O objetivo da reforma também é incentivar uma maior participação dos pais nas responsabilidades familiares, além de incentivar a taxa de natalidade e apoiar o emprego de mulheres, muitas vezes penalizadas por longas ausências ao trabalho.
O que muda com a igualdade de licença
Se a proposta fosse aprovada, vários aspectos do sistema de licenças atualmente em vigor na Itália mudariam. Em particular:
- Duração igual: Ambos os pais teriam direito a 5 meses de licença 100% remunerada, abolindo a disparidade entre os 5 meses da mãe e os 10 dias do pai programados para hoje.
- Salário: Ambos os pais receberiam 100% pelos 5 meses de licença, enquanto hoje apenas a mãe recebe 80% do salário durante a licença.
Exemplos de licenças iguais na Europa
Vários países europeus já implementaram formas de licença igualitária com resultados positivos. Aqui estão alguns exemplos:
- Suécia: Desde 1974, os pais podem dividir 480 dias de licença parental, com pelo menos 60 dias reservados para cada pai e 80% de compensação.
- Noruega: Os pais podem escolher entre 46 semanas de licença 100% remunerada ou 56 semanas com 80%, com 10 semanas obrigatórias para o pai.
- Espanha: Ambos os pais têm direito a 16 semanas de licença totalmente remunerada, com as primeiras seis semanas obrigatórias para ambos imediatamente após o nascimento da criança.
Esses modelos mostraram um impacto positivo na participação dos pais nas responsabilidades familiares e na redução das disparidades de gênero no mundo do trabalho.
Quando a igualdade de licença poderia ser implementada
A proposta de licença igual de 5 meses para ambos os pais ainda está em discussão e ainda não foi formalmente avaliada no Parlamento. Se aprovado, poderá ser introduzido como parte da Lei Orçamentária de 2025, que será discutida até o final de 2024
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Manteremos você atualizado sobre os desenvolvimentos da proposta à medida que mais detalhes forem descritos.
Bônus e ajuda para pais
Além da proposta de igualdade de licença, já existem inúmeros bônus e benefícios para os pais, como o Bônus de Creche, o Bônus de Bebê e o Cheque Único Universal. Essas ferramentas são essenciais para apoiar as famílias italianas a arcar com os custos associados à criação de seus filhos.
A
licença igual para ambos os pais representa um passo importante em direção à igualdade de gênero no trabalho assistencial e na gestão familiar. Se aprovada, a proposta mudará radicalmente o atual sistema de licenças, oferecendo maiores oportunidades para os pais participarem ativamente do cuidado infantil e
apoiarem o emprego feminino.